Medos dos 6 meses aos 13 anos




Em criança surgem frequentemente alguns medos e, muitos deles são sentidos de forma muito intensa.

Os pais sentem que é muito difícil ajudar a criança a enfrentar os medos, principalmente porque na infância a criança tem ainda muita dificuldade, em distinguir a realidade da fantasia. O medo que a criança sente, parece ser real e muito assustador, sendo por esse motivo, muito difícil de tranquilizar.

O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta originado pelo receio de fazer alguma coisa, quando a criança se sente ameaçada, tanto fisicamente como psicologicamente. O medo corre para a proteger. 

O medo é uma reacção que aparece quando um estímulo físico ou mental, gera uma resposta de alerta no organismo para a criança fugir ou lutar. 

Sentir alguns medos em determinada idade é considerado normal, pelo facto do medo ser instintivo e servir de alerta, ajudando a evitar que criança corra riscos desnecessários. 


O medo e a ansiedade, são emoções primárias, não só para a criança como, para qualquer pessoa. A criança vai experimentando medos diferentes e normais, ao longo do seu desenvolvimento.

 Os medos podem ser reais ou imaginários e ocorrem muito precocemente, os mais frequentes são:
Até aos 6 meses - medo de luzes e ruídos fortes, receio de perder o aconchego; 

Dos 6 aos 12 meses – medo de desconhecidos, receio da criança em se separar dos pais;

Até aos 2 anos – A criança mantém o medo de separação dos pais e de ser abandonada, receio de estar em sítios desconhecidos, medo de animais;

Entre os 3 e 4 anos – Medo de máscaras e do escuro, continua a sentir receio em se separar dos pais e a ter medo de animais;

Aos 5 anos – Medo de ladrões, mantém receio de separação dos pais e a ter medo de animais;

6 anos - Medo de monstros, bruxas, do escuro, trovoadas e de ficar ou dormir sozinho. Continua o receio de separação dos pais;

Entre os 7 e 8 anos – Medo do escuro, medo quando vê alguns filmes ou notícias trágicas, medo de seres sobrenaturais, mantém o temor em ficar sozinho.

Dos 9 aos 13 anos – Medos relacionados com a morte, receio das discussões dos pais, medos sobre ocorrências na escola, receio sobre a sua aparência física.

Os medos não devem ser encarados por si só como indicador de patologia emocional, porque alguns fazem parte do desenvolvimento normal da criança. Mas é esperado que muitos dos seus medos, à medida que a criança cresce desapareçam. Contudo, pode evoluir para uma eventual perturbação, no caso de a criança apresentar ansiedade ou reações de medo atípicos, em função da fase em que se encontra e possa comprometer o seu desenvolvimento saudável de adaptação.


Em caso de a criança sentir determinados medos, fora do período considerado normal, é importante ser realizada uma avaliação quando:

1.Os seus medos são constantes e excessivos;

2.As reações da criança comprometem as suas atividades diárias;

3.causam sofrimento à criança e os seus sintomas preocupam os pais;

4. Não existe razão aparente para os seus medos.

Deve ser realizado um diagnóstico precoce para ajudar a criança a superar os seus medos, facultando-lhe assim, novas estratégias que possibilitem um desenvolvimento saudável.
 
Muitos dos medos se não forem resolvidos na infância perduram até à idade adulta.



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