Automutilação - Comportamento autodestrutivo nos adolescentes
Os adolescentes sofrem muitas vezes de stress, originado pelas
frequentes tensões e exigências que ocorrem na sua vida. Na família, na escola,
nas relações interpessoais e, essencialmente pelos seus conflitos internos.
Associadas a frustrações, problemas emocionais, depressões, perturbações do
sono, perturbações da personalidade, distúrbios alimentares, baixa auto-estima,
podem desencadear automutilações.
A automutilação
é um meio para controlar as emoções, revela um mal-estar interno
enorme, ocorre como forma de atenuar fisicamente a dor que é psicológica e
emocional. Depois de ter experienciado uma emoção intensa e de não conseguir lidar adequadamente com a mesma, a única forma que encontra para
controlar as suas emoções é recorrendo à automutilação, por forma a reduzir o
sofrimento e angustia, ou seja uma dor psicológica e emocional.
A automutilação ocorre geralmente em locais privados para evitar
que sejam descobertos. Exemplos de formas de automutilação: queimar-se,
cortar-se, morder partes do corpo, beliscar-se, reabrir feridas, arrancar
cabelos, entre outras.
Este
tipo de comportamentos autodestrutivos praticados repetidamente, não têm intenção
de chamar a atenção são uma forma de controlar as emoções sentidas, tais como,
raiva, tristeza, ansiedades, sensação de vazio interno. Pode
ser indicador de dificuldades no meio familiar ou nos grupos de referência. Revela elevado sofrimento, sendo a automutilação a forma encontrada para aliviar dor emocional e o desconforto interno.
É adolescência que a maioria dos casos inicia, é uma
idade de risco, onde se inicia este tipo de comportamentos, devido aos frequentes conflitos internos e estados de tensão existentes.
Os pais devem estar atentos à expressão emocional do adolescente evitando que
as emoções e os conflitos sentidos sejam controlados com auto agressões.
Nem sempre é fácil descobrir
quando o adolescente se automutila, pelo facto de tentarem esconder os sinais,
seja por vergonha ou medo. Mas é extremamente importante, atuar sempre que se
descubra uma situação destas.
Entre pais e filhos estas questões são muito difíceis
de serem abordadas, sendo necessária intervenção terapêutica para avaliar o que
se está a passar com o adolescente e avaliar quais as razões do seu comportamento, procurando uma resolução para este tipo de
comportamentos autodestrutivos, minimizando os seus malefícios.
O
acompanhamento psicoterapêutico é fulcral para ajudar os adolescentes a lidarem
adequadamente com os seus problemas e a darem nome às suas emoções.
A psicoterapia, nestes
casos, tem como objetivo ajudar o adolescente a identificar outras formas
de lidar com o seu sofrimento, de modo mais eficaz, evitando a continuação do comportamento autodestrutivo. Não existe medicação indicada para ajudar a terminar estes tipo de autoagressões.
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